O Estaleiro Sabadear Yachts começou com um sonho de criança. José Manoel Gonzalez Fernandes (Manolo) teve seu primeiro contato com a vela ainda pequeno, em Vigo, na Espanha, e cresceu alimentando a vontade de ter um veleiro.
Mas o desejo só se concretizou em 1993, aos 45 anos (quando já morava no Brasil), e logo com um projeto de Cabinho – apelido de Roberto de Barros, um dos mais renomados projetistas náuticos do mundo. Era um Multichaine 28, barco que rapidamente se mostrou pequeno para as pretensões de Manolo.
Por influência de amigos do Sindicato Ajuricaba, famoso por reunir velejadores de muita competência, surgiu a ideia de um barco maior, que comportasse mais pessoas. Foi então que Manolo encomendou a Cabinho um projeto inspirado no Aladim 30, um dos melhores veleiros da época, com muito espaço. A intenção era ter um barco grande, confortável, com bom desempenho e que pudesse ser comandado por uma só pessoa. Assim surgiu o Samoa 36. A estreia foi na Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha (Refeno), com 39 horas – considerando que a prova tem 300 milhas náuticas.
Nos idos de 2007, aparece outro apaixonado pelo Samoa 36: José Ney Soares, que fez seu barco com as formas da época, produzindo o Veleiro Hydrus. Era o nascimento uma parceria alimentada por gostos em comum: barcos robustos, com conceito (Blue Water Yachts) e muito desempenho.
Hoje, Manolo pode não ser mais aquele menino, mas, ao lado do parceiro Ney, continua sonhando. O Estaleiro Sabadear Yachts já construiu 19 Samoas 36, barco que, ao longo do tempo, foi sendo aprimorado. Atualmente, ele conta com duas rodas de leme e um cockpit para até 12 pessoas sentadas confortavelmente.
Nos últimos anos, Manolo e Ney reestruturaram o Estaleiro Sabadear Yachts, voltando sua atuação também para a área de serviços.